03 jun Cirurgião de Coluna
Cirurgião de Coluna – Especialista em SP
O cirurgião de coluna é o médico da coluna especializado em diagnóstico e tratamento de condições que afetam a coluna vertebral e com habilidade para realizar procedimentos mais invasivos quando necessário, conforme o quadro avaliado do paciente.
Os médicos habilitados para realizar a cirurgia da coluna são o ortopedista da coluna e o neurocirurgião.
Ambos, tratam de condições semelhantes como dor na coluna, deformidades, fratura, tumores e utilizam técnicas similares para a cirurgia da coluna. Porém, algumas condições são mais tratadas por um ou outro especialista.
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Luciano Pellegrino – Doctoralia.com.br
Ortopedista da Coluna ou Neurocirurgião: Qual Cirurgião de Coluna Escolher?
O ortopedista da coluna está voltado para as patologias que afetam a coluna vertebral, podendo ser:
- Dores na coluna (dor lombar, cervical, torácica, cóccix);
- Deformidades da coluna (escoliose, lordose, cifose);
- Problemas de disco vertebral (hérnia de disco, fissura do ânulo fibroso, edema dos ligamentos interespinhosos, etc);
- Cistos (Facetário, Tarlov, Sinovial);
- Fraturas;
- Condições degenerativas (artrose na coluna, espondilite anquilosante, etc), entre outros.
O neurocirurgião avalia os problemas do sistema nervoso central que reflete sobre todo o corpo e cabeça (cérebro, coluna, medula espinhal, nervos e vasos sanguíneos), sendo mais habituados com tumores intramedulares.
Contudo, de acordo com a formação de cada especialista da coluna, essa diferença entre o ortopedista da coluna e neurocirurgião pode ser relativa. O cirurgião da coluna deve ter expertise na região em foco e no problema a ser tratado.
Como Avaliar o Cirurgião de Coluna?
O cirurgião de coluna deve ser membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), o órgão nacional que regula a prática em todo o Brasil.
Desde 1994, a SBC reúne cirurgiões de coluna vertebral (ortopedistas e neurocirurgiões), promovendo a atualização permanente de seus membros.
Para ser membro da SBC, o cirurgião da coluna precisa:
- Completar os seis anos da graduação em Medicina;
- Residência médica em Ortopedia e Traumatologia ou Neurocirurgia.
- O ortopedista de coluna faz três anos de residência na área de problemas musculoesqueléticos e mais dois anos de especialização específica em cirurgia da coluna.
- O neurocirurgião faz residência de cinco anos na área de problemas do crânio e coluna.
- Realizar treinamento e prova de título específica.
Uma boa formação médica e experiência levam a uma maior assertividade no diagnóstico, poupando o paciente de tratamentos ineficazes e prolongamento do sofrimento,
Além da formação médica, perguntar por indicações a pessoas próximas ou saber de outros pacientes alguma avaliação, pode ser um caminho para encontrar um bom cirurgião de coluna.
Contudo, nada mais importante que o paciente sentir confiança no profissional escolhido. Saber avaliar a qualidade da consulta com médico da coluna online ou presencial é fundamental para a relação médico-paciente.
Uma boa consulta é quando o paciente se sente confortável, expõe todo o problema, tem as suas dúvidas atendidas, compreensão do diagnóstico e das soluções possíveis.
Ao considerar a cirurgia da coluna, é essencial ter uma boa comunicação com o médico e, assim, adquirir mais segurança no tratamento a ser conduzido.
Quando a cirurgia da coluna é necessária?
Atualmente, poucas condições levam à necessidade de uma cirurgia de coluna. A maioria das adversidades é conduzida com o que chamamos de tratamento conservador, ou seja, sem cirurgia, de acordo com o que se observar nos exames realizados e análise do histórico do paciente.
O tratamento conservador é um conjunto de medidas que visam preservar a qualidade de vida e função da coluna ou administrar o problema sem a necessidade de uma intervenção invasiva. Pode ser através da utilização de medicamentos, fortalecimento muscular, fisioterapia e/ ou reeducação postural.
O cirurgião de coluna pode considerar a realização da intervenção quando as possibilidades são esgotadas no tratamento conservador, havendo persistência dos sintomas ou o agravamento dos problemas apresentados, causando prejuízo para o paciente e sua rotina.
As principais condições, ou o agravamento delas que podem evoluir para a cirurgia da coluna são:
- Deformidades (escoliose, lordose, cifose);
- Cisto facetário;
- Hérnia de disco;
- Estenose do canal vertebral;
- Fratura na coluna;
- Espondilolistese;
- Síndrome da Cauda Equina, tendo caráter de emergência quando se apresentam os sintomas incapacitantes ou de disfunção dos órgãos pélvicos;
- Tumores e infecções.
Mesmo assim, as técnicas cirúrgicas se modernizaram muito. Diante da evolução tecnológica a cirurgia convencional (ou aberta) da forma como era feita antigamente, é realizada para casos muito específicos.
Hoje, temos uma variedade de procedimentos conhecidos como cirurgia minimamente invasiva na coluna, onde os cortes são mínimos (até um centímetro), permitindo uma recuperação mais rápida. A alta hospitalar pode ser no mesmo dia.
Cirurgia Minimamente Invasiva
As principais técnicas utilizadas são:
Realizada principalmente para a descompressão dos nervos nos casos de hérnia de disco e estenose do canal vertebral.
Consiste na introdução de uma microcâmera através de um corte mínimo (8mm) que possibilita ao cirurgião de coluna realizar o procedimento guiado por vídeo de alta resolução e imagem aumentada em até dez vezes.
Não há cortes. É introduzido uma agulha ultrafina para aplicação de medicamentos com ações analgésicas e anti-inflamatórias diretamente no local afetado, proporcionando melhora da dor.
É realizado em ambiente hospitalar devido à necessidade de anestesiar o paciente.
Conhecida por mais outros nomes: Bloqueio Facetário ou Bloqueio do Ramo Medial Lombar, também é realizada para tratar a dor, atuando diretamente no interior da articulação, através de aplicação de injeção e sem cortes.
É indicada quando o quadro doloroso vem do desgaste da articulação facetária, elemento da coluna vertebral, atuando no ramo medial. A ação medicamentosa sobre esse ramo nervoso traz alívio da dor.
Outro procedimento similar é a rizotomia por radiofrequência, onde pequenas agulhas também atuam sobre o nervo, tratando a dor e inflamação com uma lesão térmica.
Cirurgia Tubular
Pequenos dilatadores e tubos realizam a descompressão na coluna, evitando incisões e dissecções maiores.
Cifoplastia de Coluna
Utilizado principalmente nas fraturas ósseas devido à osteoporose ou tumores.
É introduzido um pequeno balão por um corte menor que um centímetro, que será inflado no interior da coluna para criar um espaço a ser preenchido por um cimento ósseo, restaurando a vértebra.
Após o procedimento, o balão é retirado.
Cirurgia de Coluna
A cirurgia convencional, mais invasiva, pode ser recomendada pelo cirurgião de coluna tendo o objetivo de recuperar a função e estabilidade, tão necessária a partir de certos graus de desvio apresentados nas deformidades, doenças degenerativas, fraturas, tumores, etc.
Para esses casos específicos, temos a Artrodese da Coluna que consiste em fundir duas ou mais vértebras com parafusos, hastes metálicas, conectores, espaçadores biocompatíveis e enxerto ósseo promovendo o alinhamento e reduzindo a instabilidade da coluna.
Não há previsão de retirada ou substituição dos implantes em vista.
O cirurgião da coluna fará o acompanhamento médico e saberá indicar o momento adequado para a intervenção, se necessária.
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