Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica autoimune que afeta as articulações do esqueleto axial (crânio, caixa torácica e coluna vertebral), principalmente a coluna vertebral, e grandes articulações como ombros, quadril e joelhos. Se não tratada, a espondilite anquilosante pode ser incapacitante e nos casos mais graves, pode afetar os olhos, coração, pulmão, intestinos e pele.
A doença autoimune é quando o sistema imunológico “ataca” células e tecidos saudáveis do corpo, tratando-os como “invasores”.
Geralmente, são atingidos primeiramente as articulações da coluna e sacroilíacas (entre a base da coluna e o quadril).
Na coluna vertebral, caracteriza-se pela fusão de algumas vértebras, afetada pela inflamação das articulações na coluna, tornando-a menos flexível, rígida, e curvada para frente.
Espondilite significa inflamação da coluna e anquilosante significa fusão.
A causa da espondilite anquilosante é de origem desconhecida. Mas sabe-se que é mais frequente em homens do que nas mulheres, na faixa etária entre 20 e 40 anos.
Também, a probabilidade da espondilite anquilosante é maior se houver casos na família. Estudos apontam que 90% dos pacientes brancos com espondilite anquilosante, herdam um marcador genético denominado HLA-B27.
A espondilite anquilosante pode apresentar como sintomas:
O diagnóstico da espondilite anquilosante leva em consideração os sintomas, resultados de exames de sangue e achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca.
Nenhum deles traz exatamente o diagnóstico, mas o conjunto dos resultados apontam para a suspeita da doença ou excluem outras que podem se confundir com a espondilite anquilosante.
O melhor é consultar o médico especialista em coluna para que ele possa avaliar todo o quadro e prescrever o tratamento mais adequado.
O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.
O tratamento da espondilite anquilosante tem por objetivo conter os sintomas da dor com medicamentos; manter a amplitude articular de movimentos e reduzir o risco de deformidades, recorrendo-se à fisioterapia, ou mesmo a cirurgia, em casos mais graves quando o quadril é afetado e seja necessário substituir a articulação (artroplastia). A doença não tem cura e acompanha o paciente por toda a vida.
Em geral, os medicamentos indicados são os anti-inflamatórios não-esteroidais, analgésicos e relaxantes musculares. Os medicamentos imunossupressores e biológicos podem ser indicados pelo clínico/reumatologista e muitos apresentam bom resultado para conter a evolução da doença. É importante que nunca se automedique, procure um médico especialista.
A fisioterapia e atividade física são fundamentais para fortalecer os músculos e manter a mobilidade das articulações.
Embora não exista cura para a doença, o tratamento adequado, somado à rotina preventiva contínua, aliviam as dores e contém a evolução da doença, afastando uma incapacidade futura e garantindo ao paciente uma vida produtiva.
O tabagismo é contraindicado, pois a espondilite anquilosante pode causar fibrose pulmonar.
O tratamento cirúrgico pode ser indicado quando há grande comprometimento das articulações do quadril e deformidade em cifose da coluna vertebral com impossibilidade de olhar para frente. Outra indicação possível é no caso de fraturas entre segmentos fusionados.
Se não tratada, a espondilite anquilosante pode resultar em deformidades e se tornar incapacitante. A doença é progressiva e grave.
O paciente deve ficar atento, os sintomas de dor podem se apresentar de maneira intermitente. Desaparecem espontaneamente e após um tempo, acontece a recidiva.
A cifose é comum para pacientes sem tratamento como consequência de uma postura adotada para aliviar a dor lombar. Conforme a evolução da doença, a cifose pode se acentuar, resultando até na perda da curvatura lombar.
Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase) e desenvolver artrite no quadril.
Para prevenir e conter a evolução da espondilite anquilosante é necessário que seja adotada uma ação contínua, incorporada aos hábitos do paciente como:
Embora a prática de exercícios físicos seja sempre recomendada e benéfica, algumas atividades não são recomendadas para quem tem espondilite anquilosante.
Especialmente os que podem prejudicar as juntas e sobrecarregar a coluna como os de intensidade alta (saltos, levantamento de peso) e de impacto (corrida), ocasionando o desconforto ou aumento da dor. Os ossos da coluna anquilosada são mais suscetíveis à fratura.
Recomenda-se a supervisão e orientação de um profissional capacitado.
A espondilite anquilosante não tem cura. O tratamento consiste em aliviar os sintomas e conter o avanço da doença.
A doença é autoimune. O sistema imunológico ataca as articulações e como defesa, o corpo cria mais osso (ossificação). Na coluna vertebral, atinge as articulações, fazendo crescer osso em seu lugar, levando à junção das vértebras.
Em um caso extremo e raro, os ossos da coluna e quadril podem ficar completamente fundidos. É mais comum que a doença não se apresente de forma tão severa.
É importante diagnosticar o mais cedo possível para propiciar a qualidade de vida do paciente, mantendo a mobilidade das articulações, conter a progressão da doença e evitar problemas relacionados nos olhos, coração, pulmão, intestino e pele.
Com a prática regular de exercícios adotada no tratamento, o uso da medicação diminui na maioria dos pacientes, sendo necessário apenas quando os sintomas aparecem.
Para dúvidas e mais esclarecimentos, agende uma consulta.
Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/
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Excelente exposição!
Obrigado Sheila! A espondilite anquilosante é um tema muito importante e algumas vezes subdiagnosticado.
dr Luciano, boa tarde.
Carlos Muniz Barreto, Salvador. Sofro com muitas dores na coluna lombar. já passei por muitos tratamentos: osteopatia, ozônio terapia, RPG, quiropraxia, clínicas da dor, acunputura, Pilates, fisioterapia várias vezes. Medicações diversas. Gostaria de um consulta para avaliação e possível tratamento.
Olá Carlos, podemos avaliar sim. Por gentileza entre em contato: (11) 95020-1592 (agendamento de consultas presenciais ou teleconsultas)
Gostei bastante do esclarecimentos sobre a Espondilite anquilosante. obrigada.
Obrigado Maria de Fatima!